Dizem que quem não sabe lidar com a solidão é porque não suporta a si mesma.
Existem dias que não há necessidade de inspirar-se em nada, nem ninguém.
Nosso coração nos grita o que é preciso ouvir. Nosso âmago exprime ansiedade.
Solidão uma moeda tão nula quando usada erroneamente, mas sua validade inestimável quando bem usufruída.
Refletir sobre escolhas feitas, sobre erros cometidos, tempos gastos...
Olhar pra dentro e ver onde está o interruptor para reascender a luz interior.
Onde estão os fósforos para inflamar as chamas da alma.
Fontes de inspirações inesgotáveis estão trancadas pelo nosso próprio ser.
Tenho me perdido cada vez mais em um caminho que eu conheço muito bem.
O problema é que por conhecer ando cabisbaixa pesando que tudo continua igual, imaginando não ter mutações nesse caminho. Meu erro é esquecer que as coisas mudam, se adaptam, se reorganizam.
Erro por não prosseguir o caminho com um olhar clinico para as mudanças.
Erro por não me adaptar com as pétalas caídas, o mato seco, o céu nublado.
Erros por não admirar as mudanças de estações e a aprendizagem que consigo trazem.
Refletir meus medos, meus defeitos, refletir minha solidão são erros que de tanto serem cometidos virão a serem inflamações sem cura.
As doenças do corpo matam menos que as doenças da alma, porque o corpo é letífico a alma é eterna.
Minha geração usufrui de uma liberdade de conquistas antecessoras.
A liberdade sem ser conquistada é como ter uma faca cega na gaveta você não se desfaz dela nem procura adquirir algo que a afie, mas deixa lá caso algum dia precise usá-la.
Nada que vem fácil é valorizado.
Liberdade não é fazer o que eu quero, mas o que preciso fazer.
Solidão não é doença, carceragem sim.
Se fechar para não se ferir é se suicidar por dentro.
Pois a dor nos torna forte e os erros nos ensinam.
Solidão para refletir é como mel. Solidão para nos fechar é como fel.
Aprender, ensinar... A vida é um jogo.
Perder muitas vezes eu até aceito, mas não admito ficar no banco de reservas.
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