Blábláblá

Ouvi tantas vezes. Falei muitas mais o tal Blábláblá.

Hora as palavras que não queria ouvir. Horas aos sentimentos não preteridos.

Tantas vezes pretensão e arrogância de minhas palavras machucaram alguém.

Hora com maldade aparente. Hora com a bondade invisível.

Não fechei a boca para não aparentar fraqueza, mas fechei o coração. Quer fraqueza maior?

Hora por covardia. Hora por medo.

Ter medo não é fraqueza. Ter medo é humano. Ser fraco é humano.

Apenas lembre o quando você pode ser fraco por ser humano, mas não fraco a ponto de ser estúpido. O quão forte você pode ser sem ser desumano.

Quando passa a achar os sentimentos dos outros um blábláblá é porque os seus já se perderam há muito tempo na mascara de açúcar que moldou envolto as mentiras que você insiste em querer acreditar que tudo não passou de blábláblá.

Se seus medos, suas duvidas, sua aprendizagem, seus desejos para os outros não passaram de blábláblá? E porque deixou tornassem pra você também?

Fechei a alma para meus sonhos, pois aos olhos dos outros não passavam de blábláblá.

Hora por concordar. Hora por medo de enfrentar o mundo.

Pode me chamar de louca, mas qual é mesmo sua definição de loucura?

As pessoas passam a ter definições para tudo e querer definir tudo.

E eu me pergunto pra que? Pra que definições?

Onde está a liberdade? Onde está o seu livre-arbítrio?

Assim... Estão embaixo da capa do seu blábláblá segurando a sua farsa de não se importar com que os outros pensam, sentem ou fazem.

Sabe por quê? Por que sua vida se tornou um blábláblá há muito tempo.