Sonhavamos com o que iriamos ser. Cada dia uma coisa. Um dia era veterinária, no outro atriz, no outro professora, no outro mãe, no outro aeromoça, no outro cantora, e assim iam os dias sem preocupações e frustrações. As crianças podiam sonhar, ser e fazer acontecer na sua imaginação os seus sonhos intermináveis.
As brincadeiras no quintal com toda gurizada da rua reunida. Pega-pega, pick-esconde, betis, elefante colorido, queimada, rouba-bandeira, as brincadeiras de boneca, as peladeiras de pés descalços na rua de cascalho com a bola de capotão; Os banhos de chuvas; Os contos de fantasmas ao anoitecer; As festas de aniversários; brigadeiros, beijinhos e docinhos. Os banhos de rio, as brincadeiras em cima das arvores, as idas à fazenda, os churrascos de visinhos, os grupos de orações com a capelinha de casa em casa; A família reunida; Os brinquedos simples que ganhavamos e ficavamos felizes. Ah! A primeira bicicleta. O primeiro patins; As primeiras descobertas e as ultimos encantos.
O inicio da fase adulta mata a nossa criança interior aos poucos. A magia vai se perdendo. O encanto está escasso. Vem as preocupações, as frustações, as duvidas, as melancolias e terminam de mata-la.
E nesse dia eu me pego a pensar como foi bom ser criança, mas até Peter Pan deveria entediar-se com a infância eterna. Hoje temos as escolhas postas e as decisões tomadas. Temos sim, as vezes ressucitar essa criança e te-lâ como companhia em dias que nos faltam magia. Temos que renasce-lâ em dias de conflitos e incredulidade, porque ela com seu sorriso, inocência e pureza conseguem tudo. E quando já perdemos a fé em tudo essa criança que há dentro da gente é a nossa esperança de que dias melhores virão. Por que você já passou por coisas piores. Você já superou o medo de escuro, o medo do mostro do armário, o medo de altura, o medo de cair... afinal depois de toda tempestade vem a calmaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário