Fiz uma viagem louca noite passada. Havia algumas pessoas comigo no inicio da viagem.
E foram ficando no caminho conforme íamos indo mais adiante.
O mais engraçado é que as pessoas que ao longo do caminho que seguiam comigo, iam por vontade própria.
Mas conforme as dificuldades aumentava mais as pessoas me abandonavam na caminhada.
Chegado ao primeiro obstáculo restavam apenas três pessoas, das mais de quinze que iniciaram.
Engraçado também como a maioria se foram antes da primeira dificuldade.
Te convido a fechar os olhos e imaginar um rio de águas profundas e sujas.
A correnteza te levando para o meio do rio. E você que morre de medo de água recebe as mãos amiga para te ajudar a entrar sem medo de afundar.
Agora abre os olhos e está sentada em um piquenique do outro lado da margem e olha as pessoas que permaneceram ao seu lado e imagina o porque das outras terem desistido com um certa dor no coração.
Você descobre que cometeu alguns erros que levaram essas pessoas a acharem que não valia a pena caminhar ao seu lado ou as vezes os erros não era com você e continua a viagem.
Em certo trecho da viagem eu tive que seguir sozinha.
Peguei um ônibus e fui resolver etapas que deixei em aberto.
E mais uma vez tinha um rio no caminho, a água cobria a ponte e o medo tomou conta de mim.
Primeira coisa que pensei foi "se eu morrer aqui deixarei etapas em aberto?" Fiz uma breve prece pela minha vida.
Quando abri meu olhos já havia passado a pequena ponte de madeira podre e estava em cima de outra ponte.
Ao olhar pra baixo avistei o fundo do rio. A água era transparente e calma. Havia algumas coisas que joguei fora durante a minha vida no fundo do rio. Olhei com tristeza pra um em particular, pois o maior sonho estava ali. Quase que num impulso tive vontade de pular, mesmo sem saber nadar, mas tive medo pareceu tão fundo.
Me vi tão desesperada ao ver um ônibus no fundo do rio, e imaginei quantos sonhos perdidos no fundo daquele rio e mais adiante foi ficando mais profundo e escura a água.
Quando chegou ao fim desse rio, desci na primeira parada e lá encontrei a pessoa que tornou minha viagem possivél: Minha Mãe.
Senti naquele momento que todos os medos e decepções no caminho eu atirei nas águas profundas daquele rio. Dei um demorado abraço nela e nos olhamos nos olhos, como que quem teve a conversa mais longa de toda a vida, dei adeus sem ter dito um palavra e segui minha viagem.
No caminho de volta dormi e não vi o trajeto. Cheguei de volta ao mesmo lugar de onde eu havia partido, e duas das três pessoas que estavam comigo no piquenique estavam a minha espera no ponto final.
Apenas sonhei outra noite, mas parecia tão real que mudou todo meu jeito de enxergar a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário