Hoje é trinta de dezembro de dois mil e dez.
Se fosse para fazer um balanço desse ano, seria bem ruim se fosse ao mês de junho.
Encontrava-me numa depressão tão profunda que usar de exemplo para medir um buraco cavado até o outro lado do mundo não seria e nem chegaria nem perto do grau da profundeza da minha deprê.
Mas como hoje afinal é o ultimo dia desse ano e o ano tem doze meses e não um eu irei começar o balanço pelo meu mês preferido: JANEIRO.
Janeiro foi um mês de despedida. Amigos, trabalho, lugares, projetos, defeitos, magoas, ilusões, solidão, uma que haverá será uma boa companhia por longos meses também estava sendo abandonada. Havia iniciado a viagem de volta.
Fevereiro enfim, foi o mês de retorno.
Têm uma frase que meu avô costumava usar: -“Depois de uma semana não se é mais visita.”
Quero usar essa frase para descrever tal retorno.
Depois de uma tornou-se infernal estar em casa. Darei uma de Shakespeare misturado com sei lá o que e direi: “Oh como decepcionei-me com tal PUTA FALTA de SACANAGEM”
Março chegou como passou. Voando sem se anunciar nem se despedir. Abril nem me lembro.
Maio, oh maio, foi o mês onde a caminhada para dentro de mim começou. Momento este onde eu fiz a pergunta mais cruel que o ser humano pode se perguntar: “o que que eu to fazendo aqui?”
Ser Humana é patético mesmo. Uma perguntinha do tipo “Quem sou eu?” deixa nos apavorado e sem resposta. Sem demagogia para os que acham que não temem essa pergunta.
Eu estou falando de todos aqueles que usam a filosofia que há dentro deles. Não para aqueles que vagam feito zumbi por ai e acham que estão “vivendo”.
Junho foi o mês do: “Puta que pariu”... Comecei ali aquela deprê profunda e amarga da qual falava no começo.
Julho. Mês do FUCK We. Comecei a me perguntar: “bom se eu não tenho uma missão? Pra adubo não foi que eu to aqui.”
Agosto. Mês do tapa na cara. Acorda. Eu poderia descrevê-lo de varias maneiras mais essa foi a mais obvia.
Setembro. Mês que me Libertei. Quebrei as correntes da depressão. Chutei o balde.
Outubro. Mês em que me reconheci. Decidi que a grandeza dos meus sonhos não está em sonhar com coisas inatingíveis. Mas atingir as coisas.
Novembro. Mês de conclusões. Afinal se somos tão capazes por que afinal agente não acredita?
Dezembro. Mês do como foi inesquecível meu ano. Vinte dois anos. E só aqui eu tive amadurecimento. Só aqui no penúltimo dia do ano caiu à ficha: “pra me achar eu tinha que me perder.”
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