Poesia em Prosa

Desperto desejos mais loucos nas mentes mais sanas.

O branco dos anjos do céu deixo sujo de lama.

Invadi a casa da fada do dente, deixando toda banguela.

Do lobo mal, moldei chapeuzinho depois de roubar sua costela.

Já acabou o açúcar, e não gosto de usar adoçante.

Só porque prefiro jogo à amor que eu seja arrogante?

Não sei por que sou assim louca, insana, maluca.

Não sei por que não ser assim, do outro jeito machuca.

Enquanto uns riem por fora para mostrarem fortaleza,

Dou risada por dentro, e no rosto o choro de fraqueza.

O tempo também debocha a escamotear nossos segundos,

Saudade lava as ruas do outro lado do mundo.

Estou bêbada de fracasso, falsidades e hipocrisia,

Chega de tentar cortar os pulsos sem anestesia.

Esgotei até minha força de deixar a carne e sumir,

Cansei de tentar ser legal e agradar, acabo de desistir.

Das coisas que mais sinto saudades é do meu balanço,

Vou ver se consigo crescer, talvez um dia eu alcanço.

E dai se quebrei o nariz uma ou duas vezes mais,

Pra sempre existiram os "Pra sempre" dos finais.

Insisto

Antes era só um sentimento aqui dentro, hoje é uma explosão.

Não sou mais aquela menininha que tinha o mundo nos olhos no alto da minha Goiabeira minha "Torre Eiffel". 

Hoje sou a mulher com o mundo nas mãos e as pessoas talhadas na alma.

Insisto em não pagar na mesma moeda, pois tenho a escolha e escolhi ser diferente.

Insisto em provar a mim mesma que por mais que ser diferente dói, ainda assim é uma sensação única.

Insisto em amar o que é odiável. Insisto em lutar batalhas perdidas, pois guerras não terminam assim.

insisto em encontrar o que está perdido ao olhos humanos.

Insisto em sorrir para quem me faz chorar. Insisto em fazer sonhar quem sofre de insônia profunda.

Insisto em colorir os dias cinzas de Amarelo-Rosa.

Insisto em adoçar o azedo, a limpar o imundo, insisto em cantar chorando.

Insisto em ouvir, mas escuto o que eu quero. Insisto em ver, mas só enxergo o que preciso.

Insisto em me calar, mas minha fala persiste em pronunciar o que estava engasgada.

Insisto em insistir no que já deveria ter desistido, mas meu conflito alma e cérebro me impede de desistir.

Por que tudo e todos merecem minha persistência. Insisto em acreditar quando todo mundo já perdeu a fé e a esperança.

E minha insistência faz a diferença num mundo de pessoas acostumadas a serem derrotadas pela Ateísmo.